sábado, janeiro 09, 2010

Quando se morre…

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Quando se morre realmente? Quando todas as funções vitais param? Quando os aparelhos já não marcam mais nada? Quando o biiiiiiiip continuo do monitor cardíaco soa?

Esta semana pensei muito sobre isso, e concluí que se pode morrer muito antes disso, se pode passar pela vida como um espírito arrastando um cadáver. O que me fez pensar sobre isso é que assisti uma entrevista de um sujeito de 35 anos de idade, que deve ter morrido lá pelos 27, senti muita dó pelo sujeito.

  • Se morre quando o tédio e a rotina já não suscitam mais revolta, apenas conformismo.
  • Se morre quando se tem muito mais respostas do que perguntas.
  • Se morre quando julgamos que apenas o que é antigo é que é bom e que o novo é só lixo, mas também se morre quando se acha que só o novo é que é bom e o antigo é que é só lixo.
  • Se morre quando se pensa que alguém que possua apenas metade da sua idade não pode ter nada para lhe ensinar, mas também se morre quando se acha que alguém com o dobro, ou mais, também não tem nada a ensinar.
  • Se morre quando as certezas suplantaram em muito as dúvidas.
  • Se morre quando se diz “eu te amo” apenas com a boca, e não mais com o coração.
  • Se morre quando o aperto de mão é apenas um gesto, e não um compromisso.
  • Se morre quando novos amigos deixam de acontecer.
  • Se morre quando se faz sempre o mesmo caminho, sem explorar novos lugares, novas cores.
  • Se morre quando o comodismo impede de fazer novos planos.
  • Se morre quando se ri cada vez menos, mas se lamenta cada vez mais.

   Enfim, se morre de muitas maneiras, ainda em vida, pode-se morrer um pouco a cada dia (como já escreveu João Cabral de Melo Neto), basta não viver, basta recusar-se ao mundo.

terça-feira, janeiro 05, 2010

É realmente uma vergonha!

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    Todo mundo que trabalha em rádio e televisão sabe, microfone é um bicho prá lá de bandido, quando tudo o que você não quer é transmitir o que está falando, ele está lá, aberto, funcionando, esquecido e pronto para jogar para o mundo as besteiras que você falar perto dele.

   Bóris Casoy provou desta máxima ao apagar das luzes de 2009, em 31 de dezembro no encerramento do Jornal da Band, do qual ele é o âncora, dois garis de São Paulo aparecem, devidamente uniformizados, desejando um feliz 2010 ao povo brasileiro. Na volta do jornal, sem perceber que o áudio estava aberto para o mundo, Boris Casoy faz uma observação com um colega de bancada, para lá de preconceituosa: “Que merda… dois lixeiros desejando felicidades… do alto de suas vassouras… dois lixeiros… o mais baixo da escala do trabalho.

    O comentário do apresentador foi repugnante, as desculpas oferecidas e o comentário sobre as desculpas, foi pior ainda, melhor nem ter feito nada, demonstra que foram apenas desculpas protocolares, “para limpar a barra” por assim dizer, em uma entrevista à Folha de S.Paulo revela que na verdade ele apenas sente muito por o microfone estar aberto, não pelo comentário proferido, diz ele: “Foi um erro, vazou, era intervalo e supostamente os microfones estavam desligados.

    Porém tão repugnante quanto o comentário de Boris, são muitos dos artigos que estão sendo escritos condenando-o, uma grande maioria cheios das expressões preferidas dos pseudo-intelectuais e ofensas gratuitas, como “fascista” – nem ao menos esses escribas possuem a noção da exata dimensão deste termo, do contrário não o empregariam a torto e a direito. Até as críticas (justas, diga-se de passagem) que Bóris já fez ao governo Lula são desqualificadas e tratadas como recalque das elites (outro termo que estes escribas adoram usar, mas que empregam sem noção), usam o lamentável e infeliz episódio como se isso pudesse desculpar todos os desmandos, roubos e safadezas que a turma do PT, do mensalão e tantos outros safados já fez ao país, como se um único comentário infeliz apagasse todos os escândalos ocorridos na vida pública brasileira.

     Uma pequena amostra das críticas tão repugnantes quanto o fato em si: http://www.correiodobrasil.com.br/noticia.asp?c=161861 (destaque especial para os empregos de “fascistóide”, “colunistas elitistas”, “mídia hegemônica”, “oposição de direita”, “discurso raivoso”, “movimentos grevistas”, “posições imperialistas dos EUA”, e outras pérolas que pululam por todo o texto).

    Agora parece que o governo Lula e a quadrilha que infelizmente se instalou no poder devem ser desculpados de todos os roubos e desmandos, apenas porque um jornalista fez um comentário preconceituoso.

    Bem, eu não acredito nisso, e acho que uma grande parcela do povo brasileiro também não, assim como os benefícios das privatizações também não desculpam a farra e os escândalos que foi o apagar das luzes do governo FHC, um comentário infeliz de um jornalista não invalida as denúncias de corrupção e os escândalos do atual governo.

    Muito ainda hão de gritar contra as elites, os golpistas, e tantos outros termos que usam contra quem não concorda com os desmandos. Até porque no jargão destes pseudo defensores do povo, qualquer aglomerado de arruaceiros que se reúnam para tentar ir contra a propriedade privada ou os setores produtivos é chamado de “forças democráticas populares”, até os quadrilheiros facínoras do MST merecem destes pseudo-intelectuais desculpas (leia a íntegra do texto no link anterior), como se isso fosse possível.

O fato não se altera, Boris Casoy foi repugnante em seu comentário, mas também são repugnantes as invasões e assassinatos do MST, o mensalão, a roubalheira na saúde, nos orçamentos da união, a compra de votos por parte do governo, as mentiras de Lula e Dilma Roussef, o aparelhamento da máquina estatal pela quadrilha que lá se instalou (e não é só o PT), os dólares na cueca, o escândalo do mensalão de Brasília (este uma obra da oposição, provando que não precisa ser do governo ou do PT para fazer bandidagem neste país).

segunda-feira, janeiro 04, 2010

PRAZOS, PRAZOS – Como cumpri-los?

AQUA ICONS FOLDER SCHEDULED TASKS   Confesso, tenho um problema crônico com prazos, sou ruim com eles (já melhorei muito, eu era péssimo), principalmente em um área como TI, que é (mal) falada por conta do problema dos prazos.
      O que tenho feito é uma lista de tarefas, na mão mesmo, pois as do computador nenhuma funcionou para mim, sei lá por que motivo mas não funcionou. Divido as tarefas em:

  • URGENTES – são aquelas que vão te ferrar se não ficarem prontas, ou o cliente vai cancelar o serviço, ou você não vai receber e as contas vão atrasar, ou teu fígado vai ser saboreado cru pelo cliente, e que já estão atrasadas.
  • IMPORTANTES – São aquelas que se você não fizer vão te dar um problemão, tanto quanto as urgentes, mas ainda não estão atrasadas, ou seja, o garfo ainda não chegou no teu fígado.
  • NECESSÁRIAS – Aqui entram aquelas que você precisar fazer para ter alguma perspectiva de futuro (pagar a luz, aluguel, reunião com um prospect, evento para fazer contatos, etc.).
  • OUTRAS – São aquelas que você pode delegar para outras pessoas ou pode postergar por um longo período sem maiores consequências.

   Estou fazendo o seguinte, divido o dia em resolver 60% de urgentes, 25% de importantes (para que não se tornem urgentes), e divido os 15% restantes entre as necessárias e outras.

   Está dando certo, o meu problema agora é aprender a classificar as tarefas na categoria certa (rsss, nem tudo é perfeito no mundo né?). Mas não sei porque, mesmo eu sendo um cara de TI, de ter aversão à papel, só funcionou quando coloquei a lista no papel!!! Vai entender.

     O meu contador ficou feliz, disse que finalmente conseguiu fazer uma reunião comigo de mais de 30 minutos. Sinal de que as coisas estão melhorando (pelo menos para ele).