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Preste bem atenção, você está vendo acima o futuro do combate eficiente ao câncer, a qualquer tipo de câncer. Os pequenos pontos pretos na imagem acima são nanobots, robôs em escala de nanômetros, entregando uma carga letal para células cancerosas, e só para elas. Na verdade esta carga é um cavalo de tróia, ela irá matar a célula com câncer.
A noticia mais incrível é que isso aí acima não é ficção, a primeira fase de testes em humanos foi um estrondoso sucesso, e o que é melhor ainda, sem efeitos colaterais.
O exército de robôs anti-câncer foi criado no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), pela equipe do Dr. Mark Davis. De acordo com o estudo publicado na prestigiada revista científica NATURE, a equipe do Dr. Davis desenvolveu uma maneira segura, limpa e eficiente de entregar sequencias de RNAi para células cancerosas, o RNAi é a sigla para Interferência ácida ribonucléica, uma técnica que ataca genes específicos de células malignas, desabilitando funções internas destas células e matando-as.
É como um pequeno exércitos de ultra-eficientes e bem treinados agentes especiais, que se infiltram dentro da fortaleza do inimigo, sabotando-a e fazendo com que funções vitais desta fortaleza parem de funcionar, efetivamente levando estas estruturas à morte.
Para quem é fã de ficção científica, deve se lembrar do Dr. Leonard McCoy da série Jornada nas Estrelas, no filme de 1986 intitulado “O Retorno à Terra”, quando ele injetava em um paciente em um hospital uma dose de nanobots para curar o paciente vitima de uma doença terminal, e resolvia o problema.
Pois é, mais uma vez a ficção antecipa a realidade.
Os pequenos robôs de ataque tem o tamanho de 70 nanômetros, são feitos com 2 polímeros e 1 proteína, que se conecta na superfície das células com câncer, e só nestas.
Estes pequenos robôs carregam uma peça de RNA chamada de siRNA, sigla para RNA de pequena interferência (small-interfering RNA), este é que desativa a produção de uma proteína nas células com câncer, efetivamente desencadeando a morte da célula.
O melhor de tudo é que, depois de entregar sua carga letal para a célula cancerosa, o pequeno robô se desmonta, quebrando-se em partes inofensivas que são posteriormente eliminadas pelo corpo através da urina.
Os pequenos exércitos de nanobots podem ser injetados no paciente via injeção intravenosa, dispensando procedimentos cirúrgicos extensos e caros, uma simples injeção no consultório basta para inserir os pequenos exércitos no campo de batalha, ou seja, no corpo humano.
Tudo isso de forma eficiente, sem nenhum efeito colateral e preservando a qualidade de vida do paciente.
Para saber mais, visite a página do estudo na CalTech (obs: a página está em inglês, abre em nova janela).
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